quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Ronal. Um cara de pau.

Está lá no sofá, jogado e mal humorado. Transpirando preocupação nesse dia incrivelmente quente. Olha fixamente para a porta e observa através da cerejeira quão velho está ficando. É meu amigo, a idade chegou e antes de entrar na casa dos "enta", todo mundo ouve a consciência bater.

Nunca jogou futebol, não aprendeu a andar de bicicleta. Nadar, nem pensar. O mais próximo que chegou de um par de patins foi no Carrefour, aquela vez que a caixa precisou de sei lá o que e chamou uma ajudante que veio voando.

Da infância, lembra-se apenas que comer, comer, é o melhor para poder crescer.

E cresceu, viu. Tanto que a mamãe não está nada contente, só de existir sente-se cansado e toda essa situação não me parece nada inteligente.

Até rola uma vontade de mudar, mas correr atrás? Ele não tem tênis pra isso e pensar na possibilidade já faz sentir a pressão alta acelerar o coração, provocar fortíssimas dores de cabeça, atacar a gastrite e... xiiii... quanta desculpa.

Isso ainda vai dar problema.

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