sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Cursos da vida.














- Abaixe o tom, mocinha!

Sol estava Lá. E durante longos minutos buscou entender porque ainda sentia-se perplexa diante de uma frase tão familiar.

Como quem apenas observou essa situação, me pergunto até hoje qual a probabilidade de não correr sequer um pingo de compreensão por entre as veias de pessoas do mesmo sangue.

Calada, a menina caminhou em direção ao quarto. Naquele momento era capaz de ouvir as portas se fecharem dentro da casa onde cresceu.

Ligou o som, aumentou o volume. Passou mais uma tarde arranjando motivos para não odiar aqueles desconhecidos com quem dividia seu próprio teto.

Depois de algum tempo, sem que percebesse, estava dançando conforme sua vontade. E isso fazia bem.

Nessa época começou a notar que a música compunha sua vida. 

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